terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sacrifícios no Velho Testamento

Na Bíblia hebraica, Deus ordena que os israelitas ofereçam sacrifícios de animais no santuário, ou tabernáculo. Quando os israelitas já haviam chegado à terra de Canaã, ordenou-se que todos os sacrifícios terminassem, exceto os que aconteciam no Templo de Jerusalém. Na Bíblia, Deus pede sacrifícios como um sinal de sua aliança com povo de Israel. O sacrifício também era feito para que Deus perdoasse os pecados, uma vez que o animal estaria sendo punido no lugar do pecador.


No Judaísmo, o sacrifício é conhecido como Korban, palavra oriunda do hebreu karov, que significa "vir para perto de Deus".

Judeus medievais como Maimônides reinterpretaram a necessidade de sacrifícios. Em sua visão, Deus sempre colocava os sacrifícios abaixo de orações e da meditação filosófica. No entanto, Deus entendia que os israelitas estavam acostumados aos sacrifícios animais, que as tribos pagãs realizavam como forma de comunicação com seus deuses. Assim, na visão de Maimônides, era natural que os israelitas acreditassem que o sacrifício fosse necessário na relação entre o homem e Deus. Maimônides concluiu que a decisão de Deus de permitir sacrifícios era uma concessão às limitações psicológicas do homem. Era esperado que os israelitas passassem de sacrifícios à adoração pagã em pouco tempo.




O sacrifício é uma oferta, animal o vegetal, que é destruída, parcialmente ou totalmente, sobre o altar. Na Bíblia o tema dos sacrifícios é particularmente complexo sobretudo por causa dos termos usados, visto que eles são diversos e às vezes não conseguimos distinguir claramente cada um deles. De qualquer forma o texto básico para o estudo desse tema é o assim chamado “código dos sacrifícios”, que encontramos no livro dos Levíticos 1 – 7. É um texto escrito e inserido no Pentateuco em um segundo momento. Isto é claro por que em Êxodo 40 temos a constituição do santuário e, logicamente, deveria seguir a instituição dos sacerdotes, que invés aparece em Levíticos 8. Portanto Lv 1 – 7 é um parênteses.
Poderíamos dividir da seguinte forma os sacrifícios bíblicos: Holocausto, sacrifícios de comunhão, sacrifícios expiatórios, ofertas de vegetais, pães de oblação e ofertas de incenso.

Holocausto é um termo que deriva do vocábulo hebraico ‘olah, que significa subir; o sacrifício que é queimado sobre o altar, cuja fumaça sobe a Deus. Esse sacrifício se caracteriza pela combustão total da vítima, onde nada fica nem ao oferente nem ao sacerdote. Conforme diz Lv 1, a vítima deve ser um macho, sem defeito, seja boi, ovelha ou também um passarinho. O oferente sacrifica o animal e o sacerdote consparge o altar com o seu sangue, que, na concepção hebraica, contém a vida: “a vida de toda carne é o seu sangue” (Lv 17,14). Segundo Lv 5,7, o sacrifício de passarinhos é o equivalente, para os pobres, dos sacrifícios de gado.

Os sacrifícios de comunhão são descritos em Lv 3: a vítima, que são as mesmas do holocausto (exceto os passarinhos), é dividida em 3 partes: para Deus, para o sacerdote e para o oferente. A Deus cabe as partes com banha, os rins, fígado e a cola, que é queimada. O sacerdote fica com o peito e a cocha direita. O resto é da pessoa que oferece a vítima. Às vezes esses sacrifícios são chamados nas traduções de sacrifícios pacíficos ou de salvação.

Os sacrifícios expiatórios têm como intenção restabelecer a aliança com Deus, rompida através do pecado. Se a pessoa protagonista do sacrifício é uma autorità, o sacrifício é de um animal grande, como um toro. Normalmente se oferece uma ovelha ou cabra. Também podem ser oferecidas rolas ou pombas. O característico desse sacrifício é o uso do sangue, que no ritual serve para aspergir o altar.

As ofertas vegetais são chamadas minhah, que significa ‘dom’. Levítico 2 fala de diversos tipos: óleo, farinha. Um pouco da oferta é queimada e o resto pertence aos sacerdotes.
Os pães de oblação são mencionados em Lv 24,5-9. São 12 pães, que relembram as 12 tribos de Israel. Eram trocados a cada sábado e eram comidos pelos sacerdotes.

O incenso na verdade é uma mistura de diferentes odores. Eram tomadas as brasas do holocausto para queimar as essências, que eram oferecidas diante do Santo dos Santos duas vezes por dia, de manhã e de tardezinha.

Depois dessa visão panorâmica é fundamental observar qual é o papel dos sacrifícios dentro da religião de Israel. Primeiro de tudo existem dois perigos: o primeiro é dizer que os sacrifícios é uma prática dos povos ‘primitivos’; o segundo é considerar a prática do Antigo Testamento com os conceitos doutrinais do cristianismo. Essas duas atitudes impedem de ver a possível originalidade da tradição hebraica.
Existem várias teorias sobre o sentido dos sacrifícios.
1. Dom a um deus mau ou interessado, que teria a sua ira acalmada mediante ofertas. Porém isso não vale para o Antigo Testamento, que diversas vezes afirma como Deus é o senhor de tudo, do homem e dos seus bens, e não precisa de nada.
2. Meio de união com a divindade. Ou seja: a vítima é sagrada e o homem comendo essa vítima entra em comunhão com a divindade. Porém também essa teoria não satisfaz os teólogos.
3. O sacrifício como refeição para deus, que como os homens, precisa comer e fica contente com o odor da carne. Nesse caso o altar seria a mesa da divindade. Contra essa tese é radical o Salmo 50: “Se tenho fome, não vou ti dizer, pois meu é o mundo e tudo aquilo que ele contém. Vou por caso comer carne de toros ou tomar sangue de cabras?” (vv. 12-13).

Rejeitando essas três teorias, precisamos identifica o que significam os sacrifícios para Israel. Embora possa ter origem em rituais pré-históricos, em Israel os sacrifícios foram enriquecidos de uma visão especial. Analisando teologicamente, chega-se à conclusão que o ritual que se realiza durante o sacrifício é uma ação simbólica que exprime os sentimentos externos do oferente. Através do ritual do sacrifício o dom a Deus é aceitado, a união com Deus é estabelecida e a culpa do fiel é cancelada.. Porém não é um ato mágico, pois é essencial que à ação externa corresponda um disposição interna de completo abandono a Deus. Isso é sublinhado sobretudo pelos profetas, em suas polêmicas contro os sacrifícios: Is 1,11-17; Jr 6,20; 7,21-22; Os 6,6; Am 5,21-27; Mq 6,6-8. Eles afirmam que em lugar de sacrifícios inúteis é melhor praticar a obediência a Deus e a justiça. Um dos textos que sabemos de cor é de Oséias: “é o amor que quero, não os sacrifícios; o conhecimento de Deus mais do que os holocaustos” (Os 6,6). Além disso é tipo para nós a proposta di Jeremias: uma religião do coração.

Diante disso alguns estudiosos chegaram a hipotizar que os profetas eram contrários aos sacrifícios. Todavia é preciso prestar atenção, pois, por exemplo, Isaías critica também a oração: “Vocês multiplicam as orações; eu não escuto” (Is 1,15). E ninguém pode dizer que os profetas são contrários à oração. Portanto a crítica dos profetas não condena os sacrifícios em si. Os profetas se opõem, em verdade, ao culto formal, onde não existe coerência entre comportamento interno e externo. O sacrifício, e também a oração, é eficaz apenas se o fiel é sincero na sua fé. E encontramos uma confirmação disso em Provérbios: “O sacrifício dos maus é abomínio para YHWH, mas a oração dos homens retos é uma delícia para Ele” (Prov 15,8).
Podemos concluir que os profetas vêem os sacrifícios em perspectiva diversa daquela dos legisladores. O Pentateuco se preocupa em institucionalizar o culto, enquanto que os profetas instigam o povo a conciliar vida e culto.

Na bíblia hebraica o termo usado para lei é tôrah. A Tôrah significa sobretudo uma instrução, uma doutrina, uma decisão dada para um caso específico. Em sentido geral a palavra significa o conjunto das regras que dirigem a relação entre o homem e Deus e dos homens entre si. Torah significa ainda os 5 primeiros livros da Bíblia, que chamamos pentateuco, que contém as instruções de Deus ao seu povo, as prescrições às quias ele deve obedecer. De fato no pentateuco encontramos todas as coleções legislativas do Antigo Testamento: o decálogo, o código da aliança, o códico sacerdotal, a lei da santidade e o Deuteronômio.
O decálogo contém as 10 palavras de Deus, os princípios essenciais da moral e da religião. Os 10 mandamentos aparecem duas vezes na Bíblia, em Exôdo 20,2-17 e Deuteronômio 5,6-21, com algumas variantes.
O Código da Aliança, que encontramos em Êxodo 20,22 – 23,33. Uma parte desse códico recolhe sentenças e juízos de aspecto civil e penal que tratam da vida de pastores e agricultores.
A Lei da Santidade, em Levíticos 17 – 26 contém preceitos sobre os sacrifícios. Tem uma preocupação com os rituais e o sacerdócio e recordam sempre a santidade de YHWH e do povo.
O Código Sacerdotal é formado por outras partes do livro dos Levíticos, que contêm outras coleções de leis sobre os sacrifícios (capítulos 1-7), sobre os sacerdotes (8 - 10), leis de pureza (Lv 11 – 16). Além desses capítulos há outros textos nos livros do Êxodo e Números que formam esse código.

Versículos que citam o sacrifício

Então Jacó ofereceu um sacrifício na montanha, e convidou seus irmãos para comerem pão; e, tendo comido, passaram a noite na montanha.
Gênesis 31:54
Respondereis: Este é o sacrifício da páscoa do Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se e adorou.
Êxodo 12:27
Não oferecerás o sangue do meu sacrifício com pão levedado, nem ficará da noite para a manhã a gordura da minha festa.
Êxodo 23:18
mas a carne do novilho, o seu couro e o seu excremento queimarás fora do arraial; é sacrifício pelo pecado.
Êxodo 29:14
Também cada dia oferecerás para expiação o novilho de sacrifício pelo pecado; e purificarás o altar, fazendo expiação por ele; e o ungirás para santificá-lo.
Êxodo 29:36
E uma vez no ano Arão fará expiação sobre as pontas do altar; com o sangue do sacrifício de expiação de pecado, fará expiação sobre ele uma vez no ano pelas vossas gerações; santíssimo é ao Senhor.
Êxodo 30:10
para que não faças pacto com os habitantes da terra, a fim de que quando se prostituirem após os seus deuses, e sacrificarem aos seus deuses, tu não sejas convidado por eles, e não comas do seu sacrifício;
Êxodo 34:15
Não sacrificarás o sangue do meu sacrifício com pão levedado, nem o sacrifício da festa da páscoa ficará da noite para a manhã.
Êxodo 34:25
Se a oferta de alguém for sacrifício pacífico: se a fizer de gado vacum, seja macho ou fêmea, oferecê-la-á sem defeito diante do Senhor;
Levítico 3:1
Então, do sacrifício de oferta pacífica, fará uma oferta queimada ao Senhor; a gordura que cobre a fressura, sim, toda a gordura que está sobre ela,
Levítico 3:3
E se a sua oferta por sacrifício pacífico ao Senhor for de gado miúdo, seja macho ou fêmea, sem defeito o oferecerá.
Levítico 3:6
Então, do sacrifício de oferta pacífica, fará uma oferta queimada ao Senhor; a gordura da oferta, a cauda gorda inteira, tirá-la-á junto ao espinhaço; e a gordura que cobre a fressura, sim, toda a gordura que está sobre ela,
Levítico 3:9
assim como se tira do boi do sacrifício pacífico; e o sacerdote os queimará sobre o altar do holocausto.
Levítico 4:10
Também queimará sobre o altar toda a sua gordura como a gordura do sacrifício da oferta pacífica; assim o sacerdote fará por ele expiação do seu pecado, e ele será perdoado.
Levítico 4:26
Tirará toda a gordura, como se tira a gordura do sacrifício pacífico, e a queimará sobre o altar, por cheiro suave ao Senhor; e o sacerdote fará expiação por ele, e ele será perdoado.
Levítico 4:31
Tirará toda a gordura, como se tira a gordura do cordeiro do sacrifício pacífico e a queimará sobre o altar, em cima das ofertas queimadas do Senhor; assim o sacerdote fará por ele expiação do pecado que cometeu, e ele será perdoado.
Levítico 4:35
Esta é a lei do sacrifício das ofertas pacíficas que se oferecerá ao Senhor:
Levítico 7:11
Se alguém o oferecer por oferta de ação de graças, com o sacrifício de ação de graças oferecerá bolos ázimos amassados com azeite, e coscorões ázimos untados com azeite, e bolos amassados com azeite, de flor de farinha, bem embebidos.
Levítico 7:12
Com os bolos oferecerá pão levedado como sua oferta, com o sacrifício de ofertas pacíficas por ação de graças.
Levítico 7:13
Ora, a carne do sacrifício de ofertas pacíficas por ação de graças se comerá no dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até pela manhã.
Levítico 7:15


Sacrifícios por ordem de Javé ou oferecidos a ele:

Êxodo 22
28 Não atrase em oferecer de sua abundância e de sua fartura. Entregue a mim o seu filho primogênito; 29 faça o mesmo com seus bois e ovelhas: a cria ficará com sua mãe durante sete dias e, no oitavo, você a entregará para mim. 30 Vocês estão consagrados a mim: não comam carne de animal que tenha sido dilacerado no campo; joguem para os cães.

Pode-se alegar que o trecho não fala em sacrificar, mas ele junta bois, ovelhas e filho primogênito no mesmo pacote. E o que seria “entregar a Javé” numa cultura onde Abraão nem piscou quando Deus lhe pediu o sacrifício do filho único?

Ezequiel 20
24 porque não praticaram as minhas normas e desprezaram os meus estatutos, profanaram os meus sábados e se tornaram admiradores dos ídolos de seus antepassados. 25 Dei a eles estatutos que não eram bons e normas que não lhes dariam vida, 26 os contaminei com as ofertas que faziam, quando imolavam seus filhos mais velhos. Eu os amedrontei, para que reconhecessem que eu sou Javé.

Aqui, Javé permite que os judeus continuem com os sacrifícios, embora os condene, e lhes dá leis más, o que é difícil de compreender quando se trata de um deus de infinita bondade.

Juízes 11
30 E Jefté fez uma promessa a Javé: “Se entregares os amonitas em meu poder, 31 então, quando eu voltar vitorioso da guerra contra eles, a primeira pessoa que sair para me receber na porta de casa, pertencerá a Javé, e eu a oferecerei em holocausto”.

32 Jefté partiu para guerrear contra os amonitas, e Javé os entregou em seu poder.

33 Jefté os derrotou desde Aroer até Menit, tomando vinte cidades, e foi até Abel-Carmim. Foi uma grande derrota, e os amonitas foram dominados pelos israelitas.

34 Jefté voltou para a sua casa em Masfa. E foi justamente sua filha quem saiu para recebê-lo, dançando ao som de tamborins. Era sua filha única, pois Jefté não tinha outros filhos ou filhas.

35 Logo que viu a filha, Jefté rasgou as vestes, e gritou: “Ai, minha filha, como sou infeliz! Você é a minha desgraça, porque eu fiz uma promessa a Javé e não posso voltar atrás”.

36 Ela respondeu: “Pai, se você fez promessa a Javé, cumpra o que prometeu, porque Javé concedeu a você vingar-se dos inimigos”.

37 E pediu ao pai: “Conceda-me apenas isto: deixe-me andar dois meses pelos montes, chorando com minhas amigas, porque vou morrer virgem”.

38 Jefté lhe disse: “Vá”. E deixou-a andar por dois meses. Ela foi pelos montes com suas amigas, chorando porque ia morrer virgem.

39 Dois meses depois, ela voltou para casa, e seu pai cumpriu a promessa que tinha feito. A moça era virgem. Daí começou um costume em Israel: 40 todos os anos as moças israelitas saem por quatro dias para chorar a filha de Jefté, o galaadita.

Neste caso, não há uma ordem de Javé, mas o trecho deixa claro que era uma coisa natural oferecer sacrifícios humanos. Ninguém se espanta, nem mesmo a vítima.

Os crentes alegam que Jefté, na verdade, consagrou a filha ao serviço do templo e que, devido a isto, ela deveria permanecer virgem até morrer, mas este não era o costume deles. Só os levitas (e homens) serviam no templo e ela, no máximo, poderia prestar serviços externos e ocasionais, sem ficar presa ao templo.

Além disto, “holocausto” é uma palavra grega que significa “queimar por inteiro”.

Números 31
40 dezesseis mil pessoas, das quais foi feito para Javé o tributo de trinta e duas pessoas. 41 Moisés entregou o tributo de Javé ao sacerdote Eleazar, conforme Javé lhe havia ordenado. 47 Dessa metade que pertencia aos filhos de Israel, Moisés tomou um tributo de dois por cento de pessoas e animais e o entregou aos levitas, que tinham funções no santuário de Javé, conforme Javé havia ordenado a Moisés.

Este trecho é menos claro, mas é de se perguntar que função os inimigos capturados teriam no templo, onde só entravam os levitas. É bem possível que eles e os animais fossem sacrificados no tal “tributo a Javé”.

Sacrifícios a Moloch

Josué 6
26 Nesse tempo, Josué fez um juramento: “Seja maldito por Javé quem reconstruir esta cidade: os alicerces lhe custarão o primogênito e as portas lhe custarão o caçula”.

27 Javé estava com Josué, e sua fama correu por toda a terra.

O trecho acima, sobre Jericó, explica o trecho a seguir:

1 Reis 16
34 Em seus dias Hiel, o betelita, edificou a Jericó; em Abirão, seu primogênito, a fundou, e em Segube, seu filho menor, pôs as suas portas; conforme a palavra do Senhor, que falara pelo ministério de Josué, filho de Num.

Embora a linguagem usada tente disfarçar, se a maldição de Josué ainda estava valendo (e o trecho de 1 Reis a menciona), foi necessário sacrificar o primogênito e o mais novo, um nas fundações e outro nos portões.

2 Reis 16
3 Imitou o comportamento dos reis de Israel e chegou até a sacrificar seu filho no fogo, conforme os costumes abomináveis das nações que Javé tinha expulsado diante dos israelitas.

2 Reis 17
17 Sacrificaram no fogo seus filhos e filhas, praticaram a adivinhação e a magia, e se venderam para praticar o mal diante de Javé, provocando a ira dele.

2 Reis 21
6 sacrificou seu filho no fogo; praticou adivinhação e magia, estabelecendo necromantes e adivinhos. E multiplicando as ações que Javé reprova, ele provocou a sua ira.

2 Reis 23
10 Josias profanou o Tofet que existia no vale de Ben-Enom, para que ninguém sacrificasse no fogo seu filho ou filha em honra do deus Moloc.

Ezequiel 20
30 Por isso, diga à casa de Israel: Assim diz o Senhor Javé: Vocês se contaminam como seus antepassados, e se prostituem com suas abominações, 31 trazem suas ofertas, oferecem seus filhos, queimando-os no fogo, e continuam até o dia de hoje a se contaminar com seus ídolos. E eu iria ainda atender vocês, casa de Israel? Juro por minha vida – oráculo do Senhor Javé – que eu, de maneira nenhuma, atenderei vocês!

2 Crônicas 33
6 Sacrificou no fogo seus próprios filhos no vale dos filhos de Enom. Praticou adivinhação e magia, estabelecendo necromantes e adivinhos. Ele provocou a ira de Javé, multiplicando as ações que Javé reprova.

Levítico 20
1 Javé falou a Moisés:

2 “Diga aos filhos de Israel: Todo filho de Israel ou imigrante residente em Israel, que entregar um de seus filhos a Moloc, será réu de morte. O povo da terra o apedrejará, 3 e eu me voltarei contra esse homem e o eliminarei do seu povo, pois, entregando um de seus filhos a Moloc, contaminou o meu santuário e profanou o meu santo nome.”

Jeremias 7:31
31 Depois construíram os lugares altos de Tofet, no vale de Ben-Enom, para queimar no fogo filhos e filhas, coisa que não mandei e que jamais passou pela minha mente.

Jeremias 19
4 Porque eles me abandonaram e profanaram este lugar, queimando incenso a outros deuses, que vocês não conheciam, nem seus antepassados, nem os reis de Judá. Encheram este lugar com sangue de inocentes, 5 e construíram lugares altos para Baal, para queimar seus filhos no fogo em holocausto a Baal. Uma coisa dessas eu nunca mandei fazer, nem falei, nem me passou pelo pensamento.

Jeremias 32
35 construíram lugares altos a Baal no vale de Ben-Enom, para aí queimar seus filhos e filhas em honra de Moloc: coisa que eu nunca mandei, nem jamais passou pelo meu pensamento. Eles fizeram abominações semelhantes, ensinando Judá a pecar.

Ezequiel 16
20 Você pegou até seus próprios filhos e filhas, que você havia gerado para mim, e os sacrificou, para que essas estátuas os devorassem. Como se as suas prostituições não fossem o bastante, 21 você ainda matou meus filhos, e os entregou para serem queimados em honra dessas estátuas.

Salmos 106
37 Sacrificaram aos demônios seus filhos e suas filhas. 38 Derramaram o sangue inocente, e profanaram a terra com sangue.

Os benefícios dos sacrifícios do Velho Testamento

Sabemos que os sacrifícios de animais do Velho Testamento não tiravam realmente o pecado. Mas o que faziam?

A lei de Moisés dava aos israelitas uma solução temporária para o problema do pecado. Deus tinha uma solução para o problema do pecado, que ele anunciou a Abraão, dizendo, "Em tua semente todas as nações da terra serão abençoadas." Mas o cumprimento desta promessa levaria tempo, e muita preparação seria necessária. Assim, Deus deu aos filhos de Israel a lei de Moisés como solução temporária. Como tal, os sacrifícios de animais davam aos filhos de Israel as seguintes bênçãos:

ŒPerdão provisório para o pecado. O escritor de Hebreus ensina-nos que o sangue dos bois e dos bodes nunca pôde tirar o pecado (Hebreus 10:4). Mas Moisés disse aos israelitas que seus pecados eram perdoados quando ofereciam sacrifícios (Levítico 4:20, 26, 31). Então, qual é a verdade? Eles recebiam perdão dos pecados quando ofereciam seus sacrifícios de animais ou não?

Percepção da necessidade de um maior sacrifício. Finalmente, um dos mais poderosos paradoxos do Velho Testamento, mostrando a multiforme sabedoria de Deus, é o fato que os sacrifícios de animais podiam dar aos israelitas uma segurança do perdão de Deus e, ao mesmo tempo, poderia ensinar-lhes a necessidade de um sacrifício ainda maior.


http://www.abiblia.org/ver.php?id=149&id_autor=2&id_utente=&caso=perguntas
http://www.estudosdabiblia.net/1999421.htm
http://ateusdobrasil.com.br/p/1147/

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